Expedição à Enxovia |
Conflitos Luso-Marroquinos |
Data | Agosto 1487[1] |
Local | Enxovia, Marrocos |
Desfecho | Vitória portuguesa |
Beligerantes |
|
Comandantes |
Dom Diogo Fernandes de Almeida[2] | Desconhecido | |
Forças |
150 cavaleiros, 1000 peões.[2][3] 30 navios.[2] | Desconhecida | |
Baixas |
Desconhecidas | 900 mortos, 300 a 800 cativos.[2][3] | |
Campanhas coloniais portuguesas |
---|
Conflitos prolongados mostrados em negrito Data | Região | 1415 | Ceuta | 1437 | Marrocos | 1458 | Marrocos | 1468 | Marrocos | 1471 | Marrocos | 1478 | Guiné | 1487 | Marrocos | 1490 | Marrocos | 1501–02 | Índia | 1502 | Índia | 1503 | Índia | 1504 | Índia | 1506 | Índia | 1507 | África Oriental | 1507 | Hormuz | 1508 | Índia | 1509 | Índia | 1510 | Índia | 1511 | Malaca | 1514 | Marrocos | 1515 | Marrocos | 1517 | India | 1521 | China | 1522 | China | 1523 | Arábia | 1526 | Índia | 1531 | Índia | 1538 | Índia | 1541 | Mar Vermelho | 1541 | Mar Vermelho | 1542 | África Oriental | 1546 | Índia | 1548 | Arábia | 1551 | Arábia | 1552–54 | Arábia | 1553 | Golfo Pérsico | 1558 | Brasil | 1559 | Índia | 1561 | Japão | 1562 | Marrocos | 1567 | Brasil | 1568 | Malaca | 1569 | Achém | 1570–75 | Índia | 1580–83 | Oceano Atlântico | 1580–89 | Oceano Índico | 1581 | Damão | 1587 | Jor | 1601 | Java | 1606 | Malaca | 1606 (ago) | Malaca | 1612 | Índia | 1614 | Brasil | 1619 | Ceilão | 1622 | China | 1622 | Angola | |
A Expedição à Enxovia deu-se em 1487, quando uma força portuguesa desembarcou em Anfa e saqueou a região entre aquela cidade e Larache.
História
Em 1487, D. João II de Portugal começou a preparar uma frota para levar a cabo um ataque surpresa contra Marrocos mas o plano foi abandonado.[1] Ao invés, o rei decidiu responder a um apelo feito por Mulei Benfageja, parente próximo do sultão oatácida, que pedia uma expedição punitiva contra os habitantes de Enxovia, entre Anfa e Larache, que se haviam revoltado.[2]
A expedição zarpou em Agosto de 1487, com 150 cavaleiros e 1000 homens de infantaria, entre besteiros e arcabuzeiros, sob o comando de D. Diogo Fernandes de Almeida, acompanhado por D. João de Ataíde.[1][2] Ancoraram no porto de Anfa, destruída num ataque anterior, em 1469, e dalí D. Diogo enviou batedores ou espiões a terra para fazer o reconhecimento da região.[1]
Vários cavaleiros andaluzes juntaram-se aos portugueses.[2] Tendo identificado uma série de aldeamentos no interior, os portugueses desembarcaram naquela noite e atacaram as aldeias e acampamentos berberes ao longo da costa entre Anfa e uma região a norte do rio Sebou, cinco léguas a sul de Larache, que os portugueses identificaram como "Alagoas", matando 900 e capturando 300, 400 ou 900 pessoas, cavalos e gado.[2][1]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e José António Rodrigues Pereira: Actividades Marítimas no Reinado de D. João II in José António Rodrigues Pereira: Viagens e Operações Navais 1139-1499 Academia de Marinha, Lisbon 2020, p.235.
- ↑ a b c d e f g h Maria Augusta Lima Cruz, António Manuel Lázaro: A Política Marroquina de Dom João II in Jorge Correia, André Teixeira: A Peninsula Ibérica e o Norte de África (Séculos XV a XVII). História e Património., 2019, CHAM - Centro de Humanidades, Universidade Nova de Lisboa, p.100.
- ↑ a b Ignacio da Costa Quintella: Annaes da Marinha Portugueza, Typographia da Academia Real das Sciencias, 1839, p.206.