Nicolau Maliaseno
Nicolau Comneno Ângelo Ducas Briênio Maliaseno | |
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Nascimento | século XIII |
Morte | século XIII |
Nacionalidade | Despotado do Epiro |
Cônjuge | Ana Comnena Ducena Paleóloga Filantropena |
Filho(a)(s) | João |
Ocupação | Oficial |
Religião | Ortodoxia oriental |
Nicolau Comneno Ângelo Ducas Briênio Maliaseno (em grego: Νικόλαος Κομνηνός Ἄγγελος Δούκας Βρυέννιος Μαλιασηνός; romaniz.: Nikólaos Komnenós Angelos Doúkas Bryénnios Maliasenós) foi um nobre e magnata grego bizantino ativo na região de Vólos na Tessália na segunda metade do século XIII.
Vida
Nicolau foi o filho do primeiro membro atestado da família Maliaseno, Constantino, um magnata na Tessália que casou-se com Maria, a filha do déspota epirota Miguel I Comneno Ducas (r. 1205–1215).[1] Como seu pai, é geralmente chamado pelos sobrenomes "Comneno Maliaseno", mas ocasionalmente o sobrenome de outras duas casas aristocráticas bizantinas, Ducas e Briênio, são adicionados a eles. Ele é também frequentemente chamado Ângelo, provavelmente herdade via sua mãe.[2] De seu pai, herdou grandes propriedades na Tessália. Inicialmente sob os governantes epirotas, Nicolau foi confirmado em suas possessões pelo futuro imperador bizantino Miguel VIII Paleólogo (r. 1259–1282).[3]
Nicolau casou-se como Ana Comnena Ducena Paleóloga Filantropena, uma sobrinha de Miguel VIII, em ca. 1255. Eles tiveram ao menos um filho, chamado João.[4] Este casamento, bem como a remoção do Mosteiro de Ilário em Almiro da competência do Mosteiro de Macrinitissa, fundado pelo pai de Nicolau, pelo déspota epirota Miguel II Comneno Ducas (r. 1230–1266/68), parece indicar uma mudança na aliança da família para o então Império de Niceia. Foi, por conseguinte, o irmão de Miguel VIII, João Paleólogo, que restaurou a dependência do mosteiro em Almiro e reconfirmou sua imunidade tributária em 1259, que foi reconfirmada em 1266 por Nicéforo I Comneno Ducas (r. 1267/8–1297).[5]
Em algum momento em 1271–72, Nicolau e sua esposa fundou o Mosteiro de Nova Petra em Drianubaina na Tessália. Originalmente um convento feminino, em algum momento entre 1274 e 1277 foi convertido num mosteiro masculino. Nicolau deu a este e ao Mosteiro de Macrinitissa várias outras propriedades como dependências, e mesmos conseguiu receber de Miguel VIII o Mosteiro de Latomos em Salonica como dependência das duas fundações da família. Em algum momento entre 1274 e 1276, o casal ingressou na vida monástica, assumindo os nomes monásticos de Josafá e Antusa respectivamente; Nicolau pode ter tomado um segundo nome monástico, Nilo, como registrado numa inscrição do Mosteiro de Macrinitissa que foi posteriormente incorporado na Igreja da Virgem em Macrinitisa.[2] Nicolau ainda estava vivo em 1280, e possivelmente tão tarde quanto 1285/1286. Após sua morte, foi enterrado no Mosteiro de Macrinitissa. Após a destruição do último, sua lápide, contendo um poema, foi incorporado na alvenaria do Mosteiro de Atanásio em Macrinitisa.[5]
Referências
- ↑ Polemis 1968, p. 142–143.
- ↑ a b Polemis 1968, p. 143.
- ↑ Bartusis 2012, p. 489–490.
- ↑ Polemis 1968, p. 143, 163.
- ↑ a b Trapp 2001, p. 16523. Μαλιασηνός, Νικόλαος Κομνηνὸς ῎Αγγελος ∆ούκας Βρυέννιος.
Bibliografia
- Bartusis, Mark C. (2012). Land and Privilege in Byzantium: The Institution of Pronoia. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 1107009626
- Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press. ISBN 0-19-504652-8
- Trapp, Erich; Hans-Veit Beyer; Sokrates Kaplaneres; Ioannis Leontiadis (2001). Prosopographisches Lexikon der Palaiologenzeit. Viena: Verlag der Österreichischen Akademie der Wissenschaften A referência emprega parâmetros obsoletos
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