Virada em roda
Virar em roda (português europeu) ou Dar um Jaibe (português brasileiro),[1] Gybe (En) - são os termos náuticos empregues para descrever as manobra a efectuar quando um veleiro que navega na mesma direcção do vento - barco ao vento- como em popa ou popa rasada, muda de direcção de forma a recebar o vento na amura do outro bordo.
Manobra ainda mais delicada que Virar por davante exige uma coordenação sem falha entre o membro da equipagem que se ocupa da barra - o homem do lema, o timoneiro - e do resto da equipagem.
Sequência da manobra
Os números referem-se à imagem "Virar em roda/Cambada, Gybe"
Vento ligeiro
- manobrar o leme para provocar a mudança de direcção (2),
- a vela grande não recebe vento e, a bater, atravessa o eixo da embarcação levando consigo a retranca (3),
- o timoneiro estabiliza o leme na posição desejada enquanto os membros da equipagem manobram, caçando os cabos de forma a estabelecerem as vela na outra amura (5).
Nos monotipos ligeiro e com vento ligeiro o virar em roda controlado pode ser efectuado metendo-se em popa rasada, e pegando na escota da retranca fazê-la passar para o outro bordo.[2] -[3]
Vento forte
Com vento forte - Brisa moderada (Beaufort 4) - a retranca passa de um bordo ao outro com uma velocidade proporcional à do vento e num barco ligeiro o movimento pode ser muito perigoso, não só pela retranca poder ferir alguém e/ou chegando ao ponto de poder haver o risco de capotar (voltar-se).
A sequência da manobra com vento forte pode ser a seguinte:
- manobrar o leme para provocar a mudança de direcção,
- caçar tão rapidamente quanto possível a escota da vela grande,
- o homem do leme mantém a embarcação o maior tempo possível em popa rasada, (vento absolutamente pela popa),
- uma vez que a retranca passou o leito do vento:
- folgar a vela de um maneira controlada,
- um nó na ponto adequada impedirá a retranca de ir bater nos brandais,
- o burro está preso ao máximo para impedir a retranca de subir.
- a manobra à proa (Vela de estai, Genoa, Balão) pode se efectuar antes ou depois do viramento em roda.[2] -[3]
Risco
O maior risco, principalmente com vento forte, é o do barco se deitar quando devido a uma falsa manobra ou a uma rajada de vento, a nave parte para a orça.
Referências
Ver também
- Navegação à vela
- Terminologia náutica