Constantino Maliaseno
Constantino Comneno Maliaseno Ducas Briênio | |
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Morte | século XIII |
Nacionalidade | Despotado do Epiro |
Cônjuge | Maria |
Filho(a)(s) | Nicolau Maliaseno |
Ocupação | Oficial |
Religião | Ortodoxia oriental |
Constantino Comneno Maliaseno Ducas Briênio (em grego: Κωνσταντῖνος Κομνηνός Μαλιασηνός Δούκας Βρυέννιος; romaniz.: Konstantinos Komnenós Maliasenós Doúkas Bryénnios) foi um nobre e magnata bizantino ativo na Tessália na primeira metade do século XIII.
Vida
A família dos Maliassenos aparece pela primeira vez em Constantino, mas é possível que um certo pansebasto sebasto Nicolau Maliases, atestado em 1191, foi seu pai ou parente.[1] Constantino é geralmente chamado pelos sobrenomes "Comneno Maliaseno", mas ocasionalmente o sobrenome de outras duas casas aristocráticas bizantinas, Ducas e Briênio, são adicionados a eles. Além disso, seu epitáfio, composto por Manuel Holóbolo, afirma que seus antepassados eram descendentes de membros da dinastia comnena "nascidos na púrpura", e de uma pessoa com a posição de césar. Segundo a prosopógrafo moderno da família Ducas, Demetrios Polemis, o candidato óbvio é o césar Nicéforo Briênio, o Jovem e Ana Comnena, filha do imperador Aleixo I Comneno (r. 1081–1118).[2]
Em 1215 (anteriormente datado em 1230) ele fundou um mosteiro em Macrinitisa. Ao mesmo tempo, a área estava sob o governo do Reino de Salonica latino.[3][4] Ele casou Maria, a filha do déspota epirota Miguel I Comneno Ducas (r. 1205–1215) e teve ao menos um filho, Nicolau Maliaseno. Outro possível filho é o monge Nilo Maliaseno.[5] Miguel I nomeou seu genro governador da porção da Tessália que ele capturou dos latinos no começo da década de 1210.[6] Maliaseno permaneceu na Tessália sob os sucessores de Miguel, mas em 1329 pode ter apoiado manuel Comneno Ducas, o deposto imperador de Salonica, que aportou em Demétrias e tentou retomar seu trono de João Comneno Ducas e seu pai Teodoro Comneno Ducas. Posteriormente, um acordo foi alcançado e Manuel recebeu a Tessália como um domínio pessoal.[7][8] Quando Manuel morreu em 1241, a região foi rapidamente ocupada por Miguel II Comneno Ducas (r. 1230–1266/68) do Epiro.[9][10]
Em 1246, Miguel II emitiu uma bula dourada que reconheceu-o como fundador (ctetor) do Mosteiro de Ilário em Almiro, que tornou-se uma dependência (metóquio) do Morteiro de Macrinitissa. Maliaseno é atestado pela última vez em ca. 1252, quando Miguel II enviou-o numa missão diplomática ao imperador niceno João III (r. 1222–1254).[4] Logo depois ele tornou-se monge, e morreu em algum momento antes de outubro de 1256.[5] Em algum momento após sua missão para Niceia, Maliaseno parece ter se afastado de Miguel II, que removeu o Mosteiro de Ilário da jurisdição de Macrinitissa. Aproximadamente ao mesmo tempo, seu filho Nicolau casou-se com uma parente do nobre niceno (e futuro imperador) Miguel Paleólogo, possivelmente indicando uma mudança na aliança dos Maliaseno s do Epiro para Niceia.[4] Após sua morte, a família Maliaseno continuou a estar entre os principais magnatas regionais do norte da Tessália até o século XIV.[11]
Referências
- ↑ Polemis 1968, p. 142.
- ↑ Polemis 1968, p. 142–143.
- ↑ Van Tricht 2011, p. 246 (nota 340).
- ↑ a b c Trapp 2001, 16523. Μαλιασηνός, Νικόλαος Κομνηνὸς ῎Αγγελος ∆ούκας Βρυέννιος.
- ↑ a b Polemis 1968, p. 143.
- ↑ Varzos 1984, p. 684–685.
- ↑ Fine 1994, p. 133.
- ↑ Varzos 1984, p. 619.
- ↑ Fine 1994, p. 133–134.
- ↑ Varzos 1984, p. 620–621.
- ↑ Nicol 2010, p. 101.
Bibliografia
- Fine, John Van Antwerp (1994). The Late Medieval Balkans: A Critical Survey from the Late Twelfth Century to the Ottoman Conquest (em inglês). Ann Arbor, Michigan: University of Michigan Press. ISBN 0-472-08260-4
- Nicol, Donald MacGillivray (2010). The Despotate of Epiros 1267–1479: A Contribution to the History of Greece in the Middle Ages. Cambridge, Reino Unido: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-13089-9
- Polemis, Demetrios I. (1968). The Doukai: A Contribution to Byzantine Prosopography. Londres: The Athlone Press. ISBN 0-19-504652-8
- Trapp, Erich; Hans-Veit Beyer; Sokrates Kaplaneres; Ioannis Leontiadis (2001). Prosopographisches Lexikon der Palaiologenzeit. Viena: Verlag der Österreichischen Akademie der Wissenschaften A referência emprega parâmetros obsoletos
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(ajuda)
- Van Tricht, Filip (2011). The Latin Renovatio of Byzantium: The Empire of Constantinople (1204-1228). Leida: Brill. ISBN 978-90-04-20323-5
- Varzos, Konstantinos (1984). Η Γενεαλογία των Κομνηνών, Τόμος Β' [A Genealogia dos Comnenos: Volume II] (PDF). Tessalônica: Byzantine Research Centre. Consultado em 4 de janeiro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016